Uma breve história dos ‘Hearse’, carros fúnebres americanos, e suas miniaturas colecionáveis

5 min readApr 22, 2020

Que fã de terror nunca sonhou em dirigir um Cadillac Hearse?

Notório entre os conhecedores do gênero, mas para os que não conhecem, trata-se daquele característico e clássico carro fúnebre muito usado em filmes norte-americanos.

História

O termo Hearse vem simplesmente de ‘carro fúnebre’ do inglês, um termo originado através do herse em francês do latino de herpex, que traduzido é ‘grade’.

O carro funerário era originalmente uma estrutura de madeira ou metal, que ficava sobre o esquife ou caixão e sustentava uma cortina. Foi provido de numerosos espigões para segurar velas acesas e, devido à semelhança desses espigões com os dentes de uma grade, foi chamado de ‘grade’.

Posteriormente, a palavra foi aplicada não apenas à construção acima do caixão, mas a qualquer receptáculo cujo o caixão fora colocado. Assim, por volta do ano de 1650, passou a denotar o veículo no qual os mortos eram transportados para a sepultura e cemitérios.

Os carros funerários eram originalmente desenhados à mão e depois a cavalo depois que a decoração e o peso do carro funerário aumentavam. Os primeiros carros funerários motorizados elétricos foram introduzidos nos Estados Unidos no início do século XX.

Primeiros carros fúnebres elétricos

Nos EUA, carrocerias que levavam os mortos são usadas há séculos, mas os carros funerários movidos a gasolina começaram a ser produzidos a partir de 1907 e, após lenta captação inicial devido ao seu alto custo, tornaram-se amplamente aceitos na década de 1920.

A grande maioria dos carros funerários desde então tem sido baseada em chassis de carros maiores e mais poderosos, geralmente retendo a parte frontal até e possivelmente incluindo as portas da frente, mas com carroçaria personalizada na parte traseira para conter o caixão.

As linhas da Cadillac

Entre os modelos mais populares de carros funerários, está a Cadillac Hearse. Muito conhecida entre entusiastas, o primeiro modelo foi feito em 1938, depois em 1951 com o modelo Cadillac Superior — modelo feito até 1969 com uma parte traseira bem extravagante.

Mas, no entanto, o modelo mais popularizado e disseminado entre fãs por todo o mundo ficou sendo os modelos do final de 1960, muitos usados em filmes e na cultura popular em geral. Alguns motivos levaram a tal: visualmente falando, foram um dos mais bonitos lançados pela Cadillac.

Também: não eram inteiramente redondos como antes, nem inteiramente quadrados, como eram padrões da maioria dos outros modelos até os anos 60, é o mais próximo do perfeito equilíbrio, e com um design bem mais arrojado. É o aperfeiçoamento visual de uma série de modelos que resultou nele vindos de mais de uma década de alterações.

No gênero terror:

No cinema, o carro tem grande lugar de destaque desde sempre, mas por motivos óbvios liga-se fortemente ao gênero terror, tendo filmes e mais filmes explorando bem, já outros nem tanto, embora carreguem o tema:

- Muitos devem se lembrar do clássico Hearse da franquia ‘Fantasma’, parte integrante do velho mortuário de outro planeta. Talvez até hoje, um dos melhores filmes de todos os tempos que fez bom uso do carro partindo de uma premissa interessantíssima, criativa e imaginosa.

- Um filme que ficou muito marcado pela imagem do velho carro fúnebre é o “Carro Sinistro” de 1980, embora tenha usado e abusado da imagem, não é nenhuma obra-prima, e muito aquém de todo um potencial que poderia ter tido.

- Por outro lado, um filme excelente que soube usar bem o tal carro funerário foi “A Ambulância” de 1990. Estrelado por Eric Roberts, o filme de Larry Cohen trazia a história de um psicopata misterioso que usada de uma ambulância trajada de carro fúnebre (ou seria o contrário?) para sequestrar pessoas e fazê-las de sinistros experimentos.

- E como não falar do Hearse personalizado em “Os Caça-Fantasmas” (1984)?

E muitos outros mais.

Modelos colecionáveis em miniatura:

Lançados numa linha padronizada de escala de 1:18, os modelos de réplica exata hoje são considerados relíquias e vendidos por um preço alto.

Confira abaixo.

*Para facilitar, todas as fontes das imagens estarão nas próprias e os nomes das edições vocês encontram repousando o cursor sobre a imagem.

Modelos de 1938–1960: