Obituário: Yvonne De Carlo (1922–2007)

EstranhoCine - Filmes de Terror
5 min readJan 10, 2022

--

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

LOS ANGELES Yvonne De Carlo, a bela estrela que interpretou a esposa de Moisés em “Os Dez Mandamentos”, mas alcançou sua maior popularidade na comédia pastelão de TV, “Os Monstros”, morreu. Ela tinha 84 anos.

De Carlo faleceu de causas naturais nesta segunda-feira nas instalações da Motion Picture & Television no subúrbio de Woodland Hills, Califórnia, disse na quarta-feira o amigo de longa data e produtor de televisão Kevin Burns.

De Carlo, cuja figura bem torneada ajudou a lançar sua carreira em aventuras de filmes B e faroestes, chegou a papéis mais importantes na década de 1950. Mais tarde, ela teve um papel fundamental em um musical histórico da Broadway, “Follies” de Stephen Sondheim.

Mas para os telespectadores, ela sempre será conhecida como Lily Munster na paródia de filmes de terror de TV, que durou de 1964 à 1966, “Os Monstros”. A série (o nome supostamente derivado de “monstros divertidos”) oferecia uma gama de galeria das mais grotescas da Universal Pictures, incluindo o monstro de Drácula e Frankenstein, em um ambiente gótico com teias de aranha. Lily, como uma vampira em um vestido preto, era quem presidia a casa dos horrores.

A vampiresca Lily presidia a falsa família assustadora e era uma “pedra no sapato” de seu marido gentil, mas muitas vezes trapalhão, Herman, que era interpretado por Fred Gwynne (como o monstro Frankenstein).

A telessérie durou apenas dois anos, mas teve uma longa vida em distribuição e resultou em dois longas-metragens, “Monstros, Não Amolem!” (1966) e “A Vingança dos Monstros”. (1981, para a TV).

“Acho que ela será mais lembrada como a Lily Munster definitiva. Ela foi a mãe vampira de milhões de ‘baby boomers’. Nesse sentido, ela é um ícone”, disse Burns na quarta.

Mas seria uma pena se só assim ela fosse lembrada. Ela também foi uma das maiores rainhas em beleza dos anos 1940 e 1950, e uma das mulheres mais lindas do mundo. Essa foi uma das grandes rainhas do glamour de Hollywood, e uma das últimas.

Seu maior triunfo no palco veio na Broadway em 1971 com “Follies”, que ganhou o prêmio Tony Awards em 1972 por melhor trilha sonora original. Ela interpretou cantando na apresentação de Sondheim, “I’m Still Here”, uma recontagem desafiadora de uma ex-estrela de altos e baixos em sua longa vida e carreira.

Ao longo dos anos, De Carlo aumentou seu estrelato com o uso perspicaz de publicidade. Colunistas de fofocas relatavam seus encontros com homens famosos. Em seu livro autobiográfico de 1987, “Yvonne: An Autobiography”, ela listou 22 de seus amantes, que incluíam Howard Hughes, Burt Lancaster, Robert Stack, Robert Taylor, Billy Wilder, Aly Khan e um príncipe iraniano.

A canadense De Carlo começou sua carreira com pequenos papéis em filmes do início dos anos 1940, em seguida, emergiu como uma estrela em 1945 com “A Irresistível Salomé”, um filme rotineiro sobre uma dançarina de Viena que se torna uma espiã no oeste.

Ela se lembrou de sua entrada no filme: “Passei por essas cortinas vestindo um quimono japonês e uma peça de cabeça japonesa, e então executei uma dança siamesa. Ninguém parecia saber bem o porquê.

A Universal Pictures teve a ideia de explorar a aparência da atriz ligeiramente exótica num formato que parecia ideal para eles em vestidos bem feitos nos filmes “Sedução” (1947), Escrava Sedutora” (1947), “Casbah, O Reduto da Perdição” (1948) e em “O Gavião do Deserto” (1950).

O estúdio também a contratou para adicionar entusiasmo em seus faroestes, geralmente como uma garota no salão de dança ou como uma atiradora à punho armado. Entre os títulos: “Era Seu Destino” (1945), “Bandido Apaixonado” (1948 — como Lola Montez), “Astúcia de uma Apaixonada” (1948), “A Escandalosa” (1949 — como Calamity Jane) e “Rivais em Fúria” (1949).

Em 1956, ela se desviou de sua imagem anterior quando o cineasta norte-americano Cecil B. DeMille a escolheu para interpretar Sephora, esposa de Moisés, interpretado por Charlton Heston no clássico “Os Dez Mandamentos”. No ano seguinte, ela co-estrelou com Clark Gable e Sidney Poitier em “Meu Pecado Foi Nascer” como a namorada de alta classe de Gable que conhece seus antepassados ​​negros.

De Carlo era nome artístico da Peggy Yvonne Middleton, nascida em Vancouver, na Columbia Britância, em 1 de setembro de 1922 (embora algumas fontes digam 1924). Abandonada por seu pai, ela foi criada por sua mãe em condições muito precárias. A menina Yvonne teve aulas de dança e largou o colégio para trabalhar em boates e pequenos teatros locais. E ela continuou dançando em clubes quando ela e sua mãe mudaram-se para a grande Los Angeles.

A companhia Paramount Pictures assinou um contrato com ela em 1942, e ela adotou seu nome do meio adicionando o nome do meio de sua mãe. Mas ela acabou dispensada pela produtora após 20 papéis rápidos e sem grande destaque, ela então acabou na Universal, que a escalou como uma versão B/alternativa da sensual estrela do estúdio na época, a atriz dominicana Maria Montez.

Em 1955, De Carlo casou-se com Bob Morgan, um dublê norte-americano de primeira, e o casamento gerou dois filhos, Bruce e Michael, bem como separações e reconciliações amplamente divulgadas pela mídia.

Em seus últimos anos, De Carlo viveu em semi-aposentadoria perto de Solvang, ao norte de Santa Bárbara, Califórnia (EUA). Seu filho Michael morreu em 1997, e ela sofreu um derrame no ano seguinte.

Todos os direitos © 2007 The Associated Press — Tradução: H. Hugo, com adaptações de tradução e informações adicionais | Fotos da internet

--

--

EstranhoCine - Filmes de Terror
EstranhoCine - Filmes de Terror

No responses yet